Cidade russa de traços imponentes, forte, elegante…e fria!! Noites intermináveis e congelantes no inverno. Mas, com dias longos na época do verão, as famosas “Noites Brancas”, do romance de Dostoiévski!
Situada às margens do Rio Neva, St. Petersburgo foi construída pelo Czar Pedro I – O Grande, em 1703, justamente para ser a capital dos Czares. E assim viveu glamourosa, entre canais e pontes, por mais de duzentos anos até o fim do Império dos Czares. Mas, depois, a cidade foi tomada por Hitler e permaneceu cercada pelos alemães de 1941a 1944. Muita gente morreu de frio e fome nesse período, mas a cidade imperial não se rendeu. Mudou de nome algumas vezes, conforme a maré política mandava: Petergrado, Leningrado, São Petersburgo, com alguns apelidos também, como “Veneza do Norte”, por seus lindos canais. Hoje, é a quarta maior cidade da Europa, a segunda maior da Rússia e ostenta o título merecido de Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO.
Nesta cidade tão apreciada, por locais e turistas do mundo todo, podemos indicar algumas paradas indispensáveis.
O grande museu Hermitage, um dos maiores do mundo, é, sem dúvida nenhuma, o melhor ponto de partida. Seu acervo tem mais de 3 milhões de peças de todas as épocas, estilos e culturas, distribuídas em 10 prédios. O coração do museu é o Palácio de Inverno. Sua construção, levou oito anos para ser concluída, de 1754 a 1762. Os salões imperiais são lindíssimos. O palácio tem 1057 cômodos, 117 escadarias, 1786 portas e 1945 janelas. Esses números, nada singelos, dão uma ideia da suntuosidade do local. Após a construção dessa primeira parte do palácio, Catarina, a Grande, ordenou que fosse construído o Hermitage. Esse lugar, que foi concebido como área de descanso, logo se tornou um museu privado que guardava as coleções de Catarina. Não custou muito para a Coleção Imperial tomar tal volume, que novas alas precisaram ser construídas para abrigar seu acervo. Hoje, o museu ocupa um complexo enorme, ostenta salões espetaculares e obras fantásticas. Passeio digno de um dia inteirinho, de pura cultura e encanto.
A maior dica para quem visita a cidade é: andar, andar e andar! A melhor opção é sair andando com um mapa na mão. Taxis são raridade. Ônibus são um meio de transporte viável, especialmente se você encontrar alguém que fale inglês e ajude no itinerário. A cidade é grande, mas o centro histórico pode ser percorrido a pé por quem gosta de caminhar um pouco mais. O rigor do inverno, é um grande limitador. Procure ir nos meses mais quentes (de maio à setembro). Assim, os dias serão enormes e a temperatura agradável para circular.
Pertinho dali, não deixe de visitar a Catedral de Santo Isaac, um dos maiores templos do mundo. Seu interior, é carregado em ouro e mármores raros. Sua fachada é repleta de colunas e é decorada com 350 imagens. Dá para subir até a cúpula da igreja e observar a cidade lá de cima. A vista vale o esforço de subir a escadaria. O valor do ingresso para a igreja com direito a subida à cúpula = 400 rublos (aproximadamente).
Retornando para a rua Nevskiy Prospect pode-se caminhar até o Palácio Stroganov, logo depois do primeiro canal. O nome parece familiar ? Sim, é daí mesmo que vem o famoso “estrogonofe ou strogonoff”. O palácio foi construído na fase de ouro de São Petersburgo para o Barão Sergei Stroganov, um excêntrico, dono de minas de sal, que prezava muito a boa mesa, as artes e a bebida.
Mais à frente, a está a imensa Catedral de Kazan. Ela foi construída em 1733 e mais tarde foram feitas novas alas e um jardim ornamentado com uma fonte. A catedral ortodoxa, é um dos cartões-postais da cidade.
A Casa Singer, hoje uma das maiores livrarias russas (dizem que do mundo), é obra do arquiteto Pavel Suzor. Foi edificada no final do século XIX, bem no centro de São Petersburgo para abrigar a fábrica americana de máquinas de costura. O prédio, é coroado por uma cúpula espetacular, com um globo de vidro. Vale a pena entrar e tomar um café tendo a vista da Catedral de Kazan à sua frente.
Recomendo, para tirar fotos interessantes e diferentes, uma visita à Ponte do Banco, construída em 1790 por Giacomo Qurenghi. É uma ponte suspensa e tem a estátua de quatro leões alados, dois em cada extremidade.
Eu não poderia esquecer da culinária local! A Casa Yeliseyev funciona como uma delicatessen charmosíssima e um restaurante requintado. Ideal tanto para uma pausa rápida para um chá ou café, como para almoço.
Para quem visita a Rússia, St. Petersburgo é uma parada obrigatória!